Provérbios 25-27
Nova Versão Internacional
Outros Provérbios de Salomão
25 Estes são outros provérbios de Salomão, compilados pelos servos de Ezequias, rei de Judá:
2 A glória de Deus é ocultar certas coisas;
tentar descobri-las é a glória dos reis.
3 Assim como o céu é elevado
e a terra é profunda,
também o coração dos reis é insondável.
4 Quando se retira a escória da prata,
nesta se tem material para o[a] ourives;
5 quando os ímpios são retirados
da presença do rei,
a justiça firma o seu trono.
6 Não se engrandeça na presença do rei,
e não reivindique lugar
entre os homens importantes;
7 é melhor que o rei lhe diga:
“Suba para cá!”,
do que ter que humilhá-lo
diante de uma autoridade.
O que você viu com os olhos
8 não leve precipitadamente ao tribunal,
pois o que você fará,
se o seu próximo o desacreditar?
9 Procure resolver sua causa diretamente
com o seu próximo,
e não revele o segredo de outra pessoa,
10 caso contrário, quem o ouvir
poderá recriminá-lo,
e você jamais perderá sua má reputação.
11 A palavra proferida no tempo certo
é como frutas de ouro
incrustadas numa escultura[b] de prata.
12 Como brinco de ouro
e enfeite de ouro fino
é a repreensão dada com sabedoria
a quem se dispõe a ouvir.
13 Como o frescor da neve
na época da colheita
é o mensageiro de confiança
para aqueles que o enviam;
ele revigora o ânimo de seus senhores.
14 Como nuvens e ventos sem chuva
é aquele que se gaba de presentes
que não deu.
15 Com muita paciência
pode-se convencer a autoridade,
e a língua branda quebra até ossos[c].
16 Se você encontrar mel,
coma apenas o suficiente,
para que não fique enjoado e vomite.
17 Não faça visitas freqüentes
à casa do seu vizinho
para que ele não se canse de você
e passe a odiá-lo.
18 Como um pedaço de pau,
uma espada ou uma flecha aguda
é o que dá falso testemunho
contra o seu próximo.
19 Como dente estragado ou pé deslocado
é a confiança no[d] hipócrita
na hora da dificuldade.
20 Como tirar a própria roupa
num dia de frio,
ou derramar vinagre numa ferida,
é cantar com o coração entristecido.
21 Se o seu inimigo tiver fome,
dê-lhe de comer;
se tiver sede, dê-lhe de beber.
22 Fazendo isso, você amontoará
brasas vivas sobre a cabeça dele,
e o Senhor recompensará você.
23 Como o vento norte traz chuva,
assim a língua fingida traz o olhar irado.
24 Melhor é viver num canto sob o telhado
do que repartir a casa
com uma mulher briguenta.
25 Como água fresca para a garganta sedenta
é a boa notícia que chega
de uma terra distante.
26 Como fonte contaminada
ou nascente poluída,
assim é o justo que fraqueja
diante do ímpio.
27 Comer mel demais não é bom,
nem é honroso buscar a própria honra.
28 Como a cidade
com seus muros derrubados,
assim é quem não sabe dominar-se.
26 Como neve no verão
ou chuva na colheita,
assim a honra é imprópria para o tolo.
2 Como o pardal que voa em fuga,
e a andorinha que esvoaça veloz,
assim a maldição sem motivo justo
não pega.
3 O chicote é para o cavalo,
o freio, para o jumento,
e a vara, para as costas do tolo!
4 Não responda ao insensato
com igual insensatez,
do contrário você se igualará a ele.
5 Responda ao insensato
como a sua insensatez merece,
do contrário ele pensará
que é mesmo um sábio.
6 Como cortar o próprio pé
ou beber veneno[e],
assim é enviar mensagem
pelas mãos do tolo.
7 Como pendem inúteis as pernas do coxo,
assim é o provérbio na boca do tolo.
8 Como amarrar uma pedra na atiradeira,
assim é prestar honra ao insensato.
9 Como ramo de espinhos
nas mãos do bêbado,
assim é o provérbio na boca do insensato.
10 Como o arqueiro que atira ao acaso,
assim é quem contrata o tolo
ou o primeiro que passa.
11 Como o cão volta ao seu vômito,
assim o insensato repete a sua insensatez.
12 Você conhece alguém que se julga sábio?
Há mais esperança para o insensato
do que para ele.
13 O preguiçoso diz:
“Lá está um leão no caminho,
um leão feroz rugindo nas ruas!”
14 Como a porta gira em suas dobradiças,
assim o preguiçoso
se revira em sua cama.
15 O preguiçoso coloca a mão no prato,
mas acha difícil demais
levá-la de volta à boca.
16 O preguiçoso considera-se mais sábio
do que sete homens que respondem
com bom senso.
17 Como alguém que pega pelas orelhas
um cão qualquer,
assim é quem se mete em discussão alheia.
18 Como o louco que atira
brasas e flechas mortais,
19 assim é o homem
que engana o seu próximo
e diz: “Eu estava só brincando!”
20 Sem lenha a fogueira se apaga;
sem o caluniador morre a contenda.
21 O que o carvão é para as brasas
e a lenha para a fogueira,
o amigo de brigas
é para atiçar discórdias.
22 As palavras do caluniador
são como petiscos deliciosos;
descem saborosos até o íntimo.
23 Como uma camada de esmalte[f]
sobre um vaso de barro,
os lábios amistosos
podem ocultar um coração mau.
24 Quem odeia disfarça as suas intenções
com os lábios,
mas no coração abriga a falsidade.
25 Embora a sua conversa seja mansa,
não acredite nele,
pois o seu coração está cheio de maldade.
26 Ele pode fingir e esconder o seu ódio,
mas a sua maldade será exposta em público.
27 Quem faz uma cova, nela cairá;
se alguém rola uma pedra,
esta rolará de volta sobre ele.
28 A língua mentirosa
odeia aqueles a quem fere,
e a boca lisonjeira provoca a ruína.
27 Não se gabe do dia de amanhã,
pois você não sabe
o que este ou aquele dia poderá trazer.
2 Que outros façam elogios a você,
não a sua própria boca;
outras pessoas, não os seus próprios lábios.
3 A pedra é pesada e a areia é um fardo,
mas a irritação causada pelo insensato
é mais pesada do que as duas juntas.
4 O rancor é cruel e a fúria é destruidora,
mas quem consegue suportar a inveja?
5 Melhor é a repreensão feita abertamente
do que o amor oculto.
6 Quem fere por amor
mostra lealdade,
mas o inimigo multiplica beijos.
7 Quem está satisfeito despreza o mel,
mas para quem tem fome
até o amargo é doce.
8 Como a ave que vagueia
longe do ninho,
assim é o homem que vagueia longe do lar.
9 Perfume e incenso trazem
alegria ao coração;
do conselho sincero do homem
nasce uma bela amizade.
10 Não abandone o seu amigo
nem o amigo de seu pai;
quando for atingido pela adversidade
não vá para a casa de seu irmão;
melhor é o vizinho próximo
do que o irmão distante.
11 Seja sábio, meu filho,
e traga alegria ao meu coração;
poderei então responder
a quem me desprezar.
12 O prudente percebe o perigo
e busca refúgio;
o inexperiente segue adiante
e sofre as conseqüências.
13 Tome-se a veste
de quem serve de fiador ao estranho;
sirva ela de penhor
de quem dá garantia a uma mulher leviana[g].
14 A bênção dada aos gritos cedo de manhã,
como maldição é recebida.
15 A esposa briguenta é como
o gotejar constante num dia chuvoso;
16 detê-la é como deter o vento,
como apanhar óleo com a mão.
17 Assim como o ferro afia o ferro,
o homem afia o seu companheiro.
18 Quem cuida de uma figueira
comerá de seu fruto,
e quem trata bem o seu senhor
receberá tratamento de honra.
19 Assim como a água reflete o rosto,
o coração reflete quem somos nós.
20 O Sheol e a Destruição[h] são insaciáveis,
como insaciáveis são os olhos do homem.
21 O crisol é para a prata
e o forno é para o ouro,
mas o que prova o homem
são os elogios que recebe.
22 Ainda que você moa o insensato,
como trigo no pilão,
a insensatez não se afastará dele.
23 Esforce-se para saber bem
como suas ovelhas estão,
dê cuidadosa atenção aos seus rebanhos,
24 pois as riquezas não duram para sempre,
e nada garante que a coroa
passe de uma geração a outra.
25 Quando o feno for retirado,
surgirem novos brotos
e o capim das colinas for colhido,
26 os cordeiros lhe fornecerão roupa,
e os bodes lhe renderão o preço
de um campo.
27 Haverá fartura de leite de cabra
para alimentar você e sua família,
e para sustentar as suas servas.
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