João 7:1-9
O Livro
Jesus vai à festa dos tabernáculos
7 Depois disto, Jesus ficou na Galileia, andando de terra em terra, pois queria conservar-se fora da Judeia, onde os anciãos tramavam a sua morte. 2 Em breve, porém, teria lugar a Festa dos Tabernáculos. 3 E os irmãos de Jesus disseram-lhe que fosse para a Judeia: “Vai para onde os teus discípulos possam ver os teus milagres. 4 Não podes tornar-te conhecido se te esconderes assim. Já que fazes estas coisas, mostra-te ao mundo!” 5 Pois os seus irmãos não acreditavam nele.
6 Jesus respondeu: “Ainda não chegou o meu tempo. Mas o vosso tempo sempre está presente. 7 O mundo não vos pode querer mal; mas a mim aborrece-me, porque o acuso do pecado e das obras más. 8 Vão, pois, que eu seguirei mais tarde, quando chegar a altura.” 9 E assim ficou na Galileia.
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Lucas 9:51-56
O Livro
Oposição de Samaria
51 À medida que se aproximava o momento de regressar ao céu, Jesus mostrava-se decidido a ir a Jerusalém. 52 Um dia, enviou mensageiros à sua frente, a fim de reservar hospedagem numa localidade samaritana. 53 Todavia, mandaram-nos embora. O povo daquele lugar não quis nada com eles, porque viram que se dirigiam para Jerusalém. 54 Quando chegou a notícia do que tinha acontecido, os discípulos Tiago e João perguntaram a Jesus: “Mestre, devíamos pedir que caia fogo do céu para os queimar?” 55 Mas Jesus voltou-se e repreendeu-os. 56 E prosseguiram até chegarem a outra aldeia.
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Mateus 8:18-22
O Livro
O custo de ser discípulo
(Lc 9.57-60)
18 Ao reparar que se reunia uma multidão à sua volta, Jesus mandou os discípulos atravessarem para a outra margem do lago. 19 Chegou-se ao pé dele um especialista na Lei que lhe disse: “Mestre, seguir-te-ei aonde quer que fores.” 20 Mas Jesus respondeu: “As raposas têm tocas e as aves têm ninhos; eu, porém, o Filho do Homem, não possuo lar próprio nem sítio onde repousar a cabeça.”
21 Outro dos seus discípulos disse-lhe: “Senhor, deixa-me primeiro enterrar o meu pai.” 22 Jesus respondeu-lhe: “Segue-me agora! Os mortos de espírito que cuidem dos seus mortos.”
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Lucas 9:57-62
O Livro
O custo de seguir Jesus
(Mt 8.19-22)
57 Quando iam a passar, alguém disse a Jesus: “Seguir-te-ei aonde quer que fores.”
58 Mas Jesus respondeu: “As raposas têm tocas e as aves têm ninhos; eu, porém, o Filho do Homem, não possuo lar próprio nem sítio onde repousar a cabeça.”
59 Ele disse a outro homem: “Segue-me.” Este disse-lhe: “Senhor, deixa-me primeiro enterrar o meu pai.”
60 Jesus respondeu: “Os mortos de espírito que cuidem dos seus mortos. Tu deves ir anunciar o reino de Deus.”
61 Outro disse-lhe: “Sim, Senhor, irei, mas deixa-me ir primeiro despedir-me da minha família.”
62 “Aquele que lança mão do arado e depois olha para trás não está pronto para o reino de Deus!”, replicou-lhe Jesus.
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João 7:10-8:20
O Livro
10 Todavia, depois de os seus irmãos terem partido para a celebração, foi também, embora em segredo, conservando-se longe dos olhares do público. 11 Os judeus procuravam-no na festa, perguntando se alguém o teria visto. 12 Entre a multidão, Jesus era assunto de muitas discussões, dizendo alguns: “É um homem de bem!” Enquanto que outros afirmavam: “Anda mas é a enganar o povo!” 13 Ninguém, aliás, tinha a coragem de falar abertamente acerca dele, com medo dos líderes.
Jesus ensina na festa
14 A meio da celebração religiosa, Jesus foi ao templo e começou a ensinar o povo. 15 Os anciãos ouviam-no com espanto. “Como pode saber tanta coisa, se não andou nas nossas escolas?”
16 Então Jesus disse-lhes: “O que vos ensino não são os meus pensamentos, mas os de Deus, que me enviou. 17 Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, saberá de certeza se o meu ensino vem de Deus ou se é só meu. 18 Todo aquele que apresenta as suas próprias ideias procura ser louvado, mas quem se esforça por honrar quem o enviou é verdadeiro e está a agir com justiça. 19 Não vos deu Moisés a Lei? Contudo, nenhum de vocês cumpre a Lei. Porque procuram matar-me?”
20 A multidão respondeu: “Tens um demónio dentro de ti! Quem procura matar-te?”
21 “Trabalhei num sábado para curar um homem e ficaram espantados. 22 Mas vocês também trabalham ao sábado, quando é para cumprir a Lei de Moisés da circuncisão. Aliás, esta tradição da circuncisão é mais antiga do que a Lei mosaica, pois remonta a Abraão. 23 Se o dia de circuncidar os vossos filhos calha a um sábado, não hesitam em fazê-lo, para não quebrar a Lei de Moisés. Então porque serei eu condenado por curar um homem num sábado? 24 Não devem julgar segundo a aparência, mas segundo a verdadeira justiça!”
Será Jesus o Cristo?
25 Algumas das pessoas que viviam ali em Jerusalém diziam entre si: “Não é este o homem que querem matar? 26 Mas ele está aqui, a falar em público, e não lhe dizem nada. Será que os líderes descobriram que é, de facto, o Cristo? 27 Mas como pode ser? Sabemos onde ele nasceu. Quando o Cristo vier, limitar-se-á a aparecer sem que ninguém saiba donde vem.”
28 Então Jesus, enquanto ensinava no templo, disse: “Sim, conhecem-me e sabem onde nasci e fui criado, mas aquele que me enviou, que expressa a verdade, vocês não o conhecem. 29 Eu conheço-o, porque sou dele, e foi ele que me enviou.” 30 Procuraram prendê-lo, mas ninguém lhe pôs a mão, pois não chegara ainda a hora marcada por Deus.
31 Muitas pessoas, entre as multidões que acorriam ao templo, criam nele: “Quando o Cristo voltar, esperam que ele faça mais sinais do que aqueles que este tem já feito?”
32 Quando souberam o que a multidão pensava, os fariseus e os principais sacerdotes enviaram guardas para prendê-lo. Mas Jesus disse-lhes: 33 “Deverei estar convosco mais algum tempo e depois voltarei para aquele que me enviou. 34 Procurar-me-ão, mas não me acharão. Para onde eu vou não podem vocês ir.”
35 Os judeus ficaram intrigados com esta afirmação: “Para onde tenciona ele ir? Talvez pense ir aos judeus doutras terras ou ensinar os não-judeus. 36 O que quererá ele dizer com aquilo: ‘Procurar-me-ão, mas não me acharão. Para onde eu vou não podem vocês ir.’?”
37 No último dia, o momento mais importante da festa, Jesus clamou às multidões: “Se alguém tem sede venha a mim e beba. 38 Pois as Escrituras dizem que do mais íntimo de todo aquele que crê em mim sairão rios de água viva.” 39 Referia-se ao Espírito Santo que seria dado a todos quantos cressem nele. Mas o Espírito ainda não fora dado, porque Jesus não voltara ainda à sua glória no céu.
40 Quando a multidão o ouviu dizer isto, muitos entre eles afirmavam: “Não há dúvida de que este homem é o Profeta!” 41 Outros diziam: “É o Cristo!” E outros ainda: “Mas é impossível que o seja! Porventura virá o Cristo da Galileia? 42 Pois as Escrituras dizem claramente que o Cristo nascerá da família real de David, em Belém, a terra onde David nasceu.” 43 A multidão tinha opiniões diferentes acerca dele. 44 Havia quem quisesse que fosse preso, mas ninguém se atrevia a tocar-lhe.
A descrença dos líderes judaicos
45 A guarda do templo, que fora mandada para o prender, voltou para os principais sacerdotes e para os fariseus. “Porque não o trouxeram?”, perguntaram.
46 Os guardas responderam: “Nunca ninguém falou como este homem!”
47 “Também vocês foram desencaminhados?”, retorquiram os fariseus. 48 “Porventura algum dos líderes judaicos ou dos fariseus creu nele? 49 A multidão ignorante da Lei, essa sim, é gente maldita!”
50 Então Nicodemos, que era um deles, aquele que anteriormente tivera uma entrevista secreta com Jesus, falou: 51 “Será legal condenar um homem antes de ser julgado?”
52 E responderam: “Também tu és um desses galileus? Investiga e verás que da Galileia nunca veio qualquer profeta!”
53 E foram todos para casa.
Uma mulher apanhada em pleno adultério
8 Jesus voltou para o monte das Oliveiras. 2 Contudo, logo no dia seguinte, de manhã cedo, encontrava-se de novo no templo. Em breve se juntou uma multidão e, sentando-se, começou a falar-lhes. 3 Enquanto falava, os especialistas na Lei e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério e puseram-na diante do povo:
4 “Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. 5 A Lei de Moisés ordena que a apedrejemos. Que dizes?”
6 Procuravam, assim, levá-lo a afirmar alguma coisa que pudessem usar contra ele. Jesus, baixando-se, pôs-se a escrever na terra com a ponta do dedo. 7 Eles teimavam em ter uma resposta. Então, endireitando-se, disse: “Está bem, apedrejem-na, mas que a primeira pedra seja lançada por aquele que nunca tenha pecado!” 8 E curvando-se de novo continuou a escrever no pó do chão.
9 E começaram a afastar-se um a um, principiando pelos mais velhos, até que ficou só Jesus com aquela mulher. 10 Tornando a erguer-se, e vendo apenas a mulher, perguntou-lhe: “Onde estão os teus acusadores? Nem um sequer te condenou?”
11 “Não, Senhor!”
Jesus disse-lhe: “Também eu não te condeno. Vai e não tornes a pecar!”
A validade do testemunho de Jesus
12 Numa outra ocasião, Jesus disse ao povo: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.”
13 Os fariseus exclamaram: “Falas de ti próprio, por isso, o teu testemunho não tem valor!”
14 Jesus disse-lhes: “O que afirmo acerca de mim mesmo é verdadeiro, embora seja eu a dizê-lo, pois sei donde vim e para onde vou, e isso não sabem vocês acerca de mim. 15 Julgam-me, mas de uma forma humana. Contudo, eu não julgo ninguém. 16 Mesmo que eu julgue, o meu julgamento é justo, pois tenho comigo o Pai que me enviou. 17 Na vossa Lei está escrito que, se dois homens concordarem um com o outro acerca de qualquer coisa, o seu testemunho é aceite como verdadeiro. 18 Pois bem: Eu sou uma testemunha e a outra é o meu Pai que me enviou!”
19 “Onde está o teu Pai?”, perguntaram. Jesus respondeu: “Não sabem quem sou, portanto, não conhecem o meu Pai. Se me conhecessem, conhecê-lo-iam também a ele.”
20 Jesus disse estas coisas no local do templo onde eram recolhidas as ofertas. Ninguém o prendeu, porque não tinha chegado a sua hora.
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