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O ofício do verdadeiro profeta

33 E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, fala aos filhos do teu povo e dize-lhes: Quando eu fizer vir a espada sobre a terra e o povo da terra tomar um homem dos seus termos e o constituir por seu atalaia; e, vendo ele que a espada vem sobre a terra, tocar a trombeta e avisar o povo; se aquele que ouvir o som da trombeta não se der por avisado, e vier a espada e o tomar, o seu sangue será sobre a sua cabeça. Ele ouviu o som da trombeta e não se deu por avisado; o seu sangue será sobre ele; mas o que se dá por avisado salvará a sua vida. Mas, se, quando o atalaia vir que vem a espada, não tocar a trombeta, e não for avisado o povo; se a espada vier e levar uma vida dentre eles, este tal foi levado na sua iniquidade, mas o seu sangue demandarei da mão do atalaia.

A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca e lha anunciarás da minha parte. Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para desviar o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniquidade, mas o seu sangue eu o demandarei da tua mão. Mas, quando tu tiveres falado para desviar o ímpio do seu caminho, para que se converta dele, e ele se não converter do seu caminho, ele morrerá na sua iniquidade, mas tu livraste a tua alma.

10 Tu, pois, filho do homem, dize à casa de Israel: Assim falais vós, dizendo: Visto que as nossas prevaricações e os nossos pecados estão sobre nós, e nós desfalecemos neles, como viveremos então? 11 Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva; convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que razão morrereis, ó casa de Israel? 12 Tu, pois, filho do homem, dize aos filhos do teu povo: A justiça do justo não o fará escapar no dia da sua prevaricação; e, quanto à impiedade do ímpio, não cairá por ela, no dia em que se converter da sua impiedade; nem o justo, pela justiça, poderá viver no dia em que pecar. 13 Quando eu disser ao justo que certamente viverá, e ele, confiando na sua justiça, praticar iniquidade, não virão em memória todas as suas justiças, mas na sua iniquidade, que pratica, ele morrerá. 14 Quando eu também disser ao ímpio: Certamente morrerás; se ele se converter do seu pecado e fizer juízo e justiça, 15 restituindo esse ímpio o penhor, pagando o furtado, andando nos estatutos da vida e não praticando iniquidade, certamente viverá, não morrerá. 16 De todos os seus pecados com que pecou não se fará memória contra ele; juízo e justiça fez, certamente viverá.

17 Todavia, os filhos do teu povo dizem: Não é reto o caminho do Senhor; mas o próprio caminho deles é que não é reto. 18 Desviando-se o justo da sua justiça e praticando iniquidade, morrerá nela. 19 E, convertendo-se o ímpio da sua impiedade e fazendo juízo e justiça, ele viverá por isto mesmo. 20 Todavia, vós dizeis: Não é reto o caminho do Senhor; julgar-vos-ei a cada um conforme os seus caminhos, ó casa de Israel.

O castigo de Israel por causa da sua presunção

21 E sucedeu que, no ano duodécimo, no décimo mês, aos cinco do mês do nosso cativeiro, veio a mim um que tinha escapado de Jerusalém, dizendo: Ferida está a cidade. 22 Ora, a mão do Senhor estivera sobre mim pela tarde, antes que viesse o que tinha escapado; abriu a minha boca, até que veio a mim pela manhã; e abriu-se a minha boca, e não fiquei mais em silêncio.

23 Então, veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: 24 Filho do homem, os moradores destes lugares desertos da terra de Israel falam, dizendo: Abraão era um só e possuiu esta terra; mas nós somos muitos; esta terra nos foi dada em possessão. 25 Dize-lhes, portanto: Assim diz o Senhor Jeová: Com sangue comeis, e levantais os olhos para os vossos ídolos, e derramais sangue! E possuíreis esta terra? 26 Vós vos estribais sobre a vossa espada, cometeis abominação, e contamina cada um a mulher do seu próximo! E possuireis a terra? 27 Assim lhes dirás: Assim disse o Senhor Jeová: Vivo eu, que os que estiverem em lugares desertos cairão à espada, e o que estiver sobre a face do campo, o entregarei à fera, para que o coma, e os que estiverem em lugares fortes e em cavernas morrerão de pestilência. 28 E tornarei a terra em assolação e espanto, e cessará a soberba da sua força; e os montes de Israel ficarão tão assolados, que ninguém passará por eles. 29 Então, saberão que eu sou o Senhor, quando eu tornar a terra em assolação e espanto, por todas as abominações que cometeram.

30 Quanto a ti, ó filho do homem, os filhos do teu povo falam de ti junto às paredes e nas portas das casas; e fala um com o outro, cada um a seu irmão, dizendo: Vinde, peço-vos, e ouvi qual seja a palavra que procede do Senhor. 31 E eles vêm a ti, como o povo costuma vir, e se assentam diante de ti como meu povo, e ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra; pois lisonjeiam com a sua boca, mas o seu coração segue a sua avareza. 32 E eis que tu és para eles como uma canção de amores, canção de quem tem voz suave e que bem tange; porque ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra. 33 Mas, quando vier isto (eis que está para vir), então, saberão que houve no meio deles um profeta.

Profecia contra os pastores infiéis de Israel

34 E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize aos pastores: Assim diz o Senhor Jeová: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas? Comeis a gordura, e vos vestis da lã, e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas. A fraca não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza. Assim, se espalharam, por não haver pastor, e ficaram para pasto de todas as feras do campo, porquanto se espalharam. As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes e por todo o alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem as procure, nem quem as busque.

Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor: Vivo eu, diz o Senhor Jeová, visto que as minhas ovelhas foram entregues à rapina e vieram a servir de pasto a todas as feras do campo, por falta de pastor, e os meus pastores não procuram as minhas ovelhas, pois se apascentam a si mesmos e não apascentam as minhas ovelhas, portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor: 10 Assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu estou contra os pastores e demandarei as minhas ovelhas da sua mão; e eles deixarão de apascentar as ovelhas e não se apascentarão mais a si mesmos; e livrarei as minhas ovelhas da sua boca, e lhes não servirão mais de pasto.

11 Porque assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu, eu mesmo, procurarei as minhas ovelhas e as buscarei. 12 Como o pastor busca o seu rebanho, no dia em que está no meio das suas ovelhas dispersas, assim buscarei as minhas ovelhas; e as farei voltar de todos os lugares por onde andam espalhadas no dia de nuvens e de escuridão. 13 E as tirarei dos povos, e as farei vir dos diversos países, e as trarei à sua terra, e as apascentarei nos montes de Israel, junto às correntes e em todas as habitações da terra. 14 Em bons pastos as apascentarei, e nos altos montes de Israel será a sua malhada; ali, se deitarão numa boa malhada e pastarão em pastos gordos nos montes de Israel. 15 Eu apascentarei as minhas ovelhas, e eu as farei repousar, diz o Senhor Jeová. 16 A perdida buscarei, e a desgarrada tornarei a trazer, e a quebrada ligarei, e a enferma fortalecerei; mas a gorda e a forte destruirei; apascentá-las-ei com juízo.

17 E, quanto a vós, ó ovelhas minhas, assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu julgarei entre gado pequeno e gado pequeno, entre carneiros e bodes. 18 Acaso não vos basta pastar o bom pasto, senão que pisais o resto de vossos pastos a vossos pés? E beber as profundas águas, senão que enlameais o resto com os vossos pés? 19 E, quanto às minhas ovelhas, elas pastam o que foi pisado com os vossos pés e bebem o que tem sido turvado com os vossos pés.

20 Por isso, o Senhor Jeová assim lhes diz: Eis que eu, eu mesmo, julgarei entre o gado gordo e o gado magro. 21 Visto como, com o lado e com o ombro, dais empurrões e, com as vossas pontas, escorneais todas as fracas, até que as espalhais para fora, 22 eu livrarei as minhas ovelhas, para que não sirvam mais de rapina, e julgarei entre gado miúdo e gado miúdo. 23 E levantarei sobre elas um só pastor, e ele as apascentará; o meu servo Davi é que as há de apascentar; ele lhes servirá de pastor. 24 E eu, o Senhor, lhes serei por Deus, e o meu servo Davi será príncipe no meio delas; eu, o Senhor, o disse.

25 E farei com elas um concerto de paz e acabarei com a besta ruim da terra; e habitarão no deserto seguramente e dormirão nos bosques. 26 E a elas e aos lugares ao redor do meu outeiro, eu porei por bênção; e farei descer a chuva a seu tempo; chuvas de bênção serão. 27 E as árvores do campo darão o seu fruto, e a terra dará a sua novidade, e estarão seguras na sua terra; e saberão que eu sou o Senhor, quando eu quebrar as varas do seu jugo e as livrar da mão dos que se serviam delas. 28 E não servirão mais de rapina aos gentios, e a besta-fera da terra nunca mais as comerá; e habitarão seguramente, e ninguém haverá que as espante. 29 E lhes levantarei uma plantação de renome, e nunca mais serão consumidas pela fome na terra, nem mais levarão sobre si opróbrio dos gentios. 30 Saberão, porém, que eu, o Senhor, seu Deus, estou com elas e que elas são o meu povo, a casa de Israel, diz o Senhor Jeová. 31 Vós, pois, ó ovelhas minhas, ovelhas do meu pasto; homens sois, mas eu sou o vosso Deus, diz o Senhor Jeová.

Profecia contra o monte Seir

35 E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, dirige o rosto contra o monte Seir e profetiza contra ele. E dize-lhe: Assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu estou contra ti, ó monte Seir, e estenderei a mão contra ti, e te porei em assolação e espanto. As tuas cidades porei em solidão, e tu te tornarás em assolação; e saberás que eu sou o Senhor. Pois que guardas inimizade perpétua e abandonaste os filhos de Israel à violência da espada, no tempo da extrema iniquidade. Por isso, vivo eu, diz o Senhor Jeová, que te preparei para sangue, e o sangue te perseguirá; visto que não aborreceste o sangue, o sangue te perseguirá. E farei do monte Seir uma extrema assolação e exterminarei dele o que por ele passa e o que por ele volta. E encherei os seus montes dos seus traspassados; nos teus outeiros, e nos teus vales, e em todas as tuas correntes, cairão os traspassados à espada. Em assolações perpétuas, te porei, e as tuas cidades nunca mais serão habitadas; assim sabereis que eu sou o Senhor.

10 Visto como dizes: Os dois povos e as duas terras serão meus, e os possuiremos, sendo que o Senhor se achava ali, 11 portanto, vivo eu, diz o Senhor Jeová, que usarei conforme a tua ira e conforme a tua inveja, com que, no teu ódio, usaste contra eles; e serei conhecido deles, quando te julgar. 12 E saberás que eu, o Senhor, ouvi todas as tuas blasfêmias, que proferiste contra os montes de Israel, dizendo: estão assolados, a nós nos são entregues por pasto. 13 Vós vos engrandecestes contra mim com a vossa boca e multiplicastes as vossas palavras contra mim; eu o ouvi. 14 Assim diz o Senhor Jeová: Enquanto se alegra toda a terra, a ti te porei em assolação. 15 Como te alegraste com a herança da casa de Israel, porque foi assolada, assim te farei a ti; assolado serás, ó monte Seir, e todo o Edom, sim, todo; e saberão que eu sou o Senhor.

Profecia aos montes de Israel

36 E tu, ó filho do homem, profetiza aos montes de Israel e dize: Montes de Israel, ouvi a palavra do Senhor. Assim diz o Senhor Jeová: Pois que diz o inimigo sobre vós: Ah! Ah! Até as eternas alturas serão nossa herança; portanto, profetiza e dize: Assim diz o Senhor Jeová: Visto que vos assolaram e devoraram em redor, para que ficásseis feitos herança do resto das nações, e andais em lábios paroleiros e na infâmia do povo, portanto, ouvi, ó montes de Israel, a palavra do Senhor Jeová: Assim diz o Senhor Jeová aos montes e aos outeiros, às correntes e aos vales, aos lugares assolados e solitários e às cidades desamparadas, que se tornaram rapina e escárnio para o resto das nações que estão ao redor delas. Portanto, assim diz o Senhor Jeová: Certamente, no fogo do meu zelo, falei contra o resto das nações e contra todo o Edom. Eles se apropriaram da minha terra, com alegria de todo o coração e com menosprezo de alma, para ser lançada à rapina. Portanto, profetiza sobre a terra de Israel e dize aos montes, e aos outeiros, e às correntes, e aos vales: Assim diz o Senhor Jeová: Eis que falei no meu zelo e no meu furor, porque levastes sobre vós o opróbrio dos gentios. Portanto, assim diz o Senhor Jeová: Eu levantei a mão, para que os gentios que estão ao redor de vós levem o seu opróbrio sobre si mesmos.

Mas vós, ó montes de Israel, vós produzireis os vossos ramos e dareis o vosso fruto para o meu povo de Israel; porque estão prestes a vir. Porque eis que eu estou convosco; e eu me voltarei para vós, e sereis lavrados e semeados. 10 E multiplicarei homens sobre vós, a toda a casa de Israel, sim, a toda ela; e as cidades serão habitadas, e os lugares devastados serão edificados. 11 E multiplicarei homens e animais sobre vós; e eles se multiplicarão e frutificarão; e vos farei habitar como dantes e farei vosso estado melhor que nos vossos princípios; e sabereis que eu sou o Senhor. 12 E farei andar sobre vós os homens, o meu povo de Israel; eles te possuirão, e serás a sua herança e nunca mais os desfilharás. 13 Assim diz o Senhor Jeová: Visto como vos dizem: Tu és uma terra que devora os homens e és uma terra que desfilha os seus povos; 14 por isso, tu não devorarás mais os homens, nem desfilharás mais os teus povos, diz o Senhor Jeová. 15 E farei que nunca mais se ouça em ti a afronta dos gentios; e não levarás mais sobre ti o opróbrio das nações, nem mais desfilharás a tua nação, diz o Senhor Jeová.

A restauração de Israel

16 E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: 17 Filho do homem, quando a casa de Israel habitava na sua terra, então, a contaminaram com os seus caminhos e com as suas ações; como a imundícia de uma mulher em sua separação, tal era o seu caminho perante o meu rosto. 18 Derramei, pois, o meu furor sobre eles, por causa do sangue que derramaram sobre a terra e dos seus ídolos com que a contaminaram. 19 E os espalhei entre as nações, e foram espalhados pelas terras; conforme os seus caminhos e conforme os seus feitos, eu os julguei. 20 E, chegando às nações para onde foram, profanaram o meu santo nome, pois se dizia deles: Estes são o povo do Senhor e saíram da sua terra. 21 Mas eu os poupei por amor do meu santo nome, que a casa de Israel profanou entre as nações para onde foi.

22 Dize, portanto, à casa de Israel: Assim diz o Senhor Jeová: Não é por vosso respeito que eu faço isto, ó casa de Israel, mas pelo meu santo nome, que profanaste entre as nações para onde vós fostes. 23 E eu santificarei o meu grande nome, que foi profanado entre as nações, o qual profanastes no meio delas; e as nações saberão que eu sou o Senhor, diz o Senhor Jeová, quando eu for santificado aos seus olhos. 24 E vos tomarei dentre as nações, e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra. 25 Então, espalharei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. 26 E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne. 27 E porei dentro de vós o meu espírito e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis. 28 E habitareis na terra que eu dei a vossos pais, e vós me sereis por povo, e eu vos serei por Deus. 29 E vos livrarei de todas as vossas imundícias; e chamarei o trigo, e o multiplicarei, e não trarei fome sobre vós. 30 E multiplicarei o fruto das árvores e a novidade do campo, para que nunca mais recebais o opróbrio da fome entre as nações. 31 Então, vos lembrareis dos vossos maus caminhos e dos vossos feitos, que não foram bons; e tereis nojo em vós mesmos das vossas maldades e das vossas abominações. 32 Não é por amor de vós que eu faço isso, diz o Senhor Jeová; notório vos seja: envergonhai-vos e confundi-vos pelos vossos caminhos, ó casa de Israel.

33 Assim diz o Senhor Jeová: No dia em que eu vos purificar de todas as vossas maldades, então, farei com que sejam habitadas as cidades e sejam edificados os lugares devastados. 34 E a terra assolada se lavrará, em vez de estar assolada aos olhos de todos os que passam. 35 E dirão: Esta terra assolada ficou como jardim do Éden; e as cidades solitárias, e assoladas, e destruídas estão fortalecidas e habitadas. 36 Então, saberão as nações que ficarem de resto em redor de vós que eu, o Senhor, tenho reedificado as cidades destruídas e plantado o que estava devastado; eu, o Senhor, o disse e o farei.

37 Assim diz o Senhor Jeová: Ainda por isso me pedirá a casa de Israel, que lho faça: multiplicar-lhes-ei os homens, como a um rebanho. 38 Como o rebanho santificado, como o rebanho de Jerusalém nas suas solenidades, assim as cidades desertas se encherão de famílias; e saberão que eu sou o Senhor.

A visão de um vale de ossos secos

37 Veio sobre mim a mão do Senhor; e o Senhor me levou em espírito, e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos, e me fez andar ao redor deles; e eis que eram mui numerosos sobre a face do vale e estavam sequíssimos. E me disse: Filho do homem, poderão viver estes ossos? E eu disse: Senhor Jeová, tu o sabes. Então, me disse: Profetiza sobre estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor. Assim diz o Senhor Jeová a estes ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis. E porei nervos sobre vós, e farei crescer carne sobre vós, e sobre vós estenderei pele, e porei em vós o espírito, e vivereis, e sabereis que eu sou o Senhor.

Então, profetizei como se me deu ordem; e houve um ruído, enquanto eu profetizava; e eis que se fez um rebuliço, e os ossos se juntaram, cada osso ao seu osso. E olhei, e eis que vieram nervos sobre eles, e cresceu a carne, e estendeu-se a pele sobre eles por cima; mas não havia neles espírito. E ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize ao espírito: Assim diz o Senhor Jeová: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. 10 E profetizei como ele me deu ordem; então, o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército grande em extremo.

11 Então, me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel; eis que dizem: Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; nós estamos cortados. 12 Portanto, profetiza e dize-lhes: Assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu abrirei as vossas sepulturas, e vos farei sair das vossas sepulturas, ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel. 13 E sabereis que eu sou o Senhor, quando eu abrir as vossas sepulturas e vos fizer sair das vossas sepulturas, ó povo meu. 14 E porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos porei na vossa terra, e sabereis que eu, o Senhor, disse isso e o fiz, diz o Senhor.

15 E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: 16 Tu, pois, ó filho do homem, toma um pedaço de madeira e escreve nele: Por Judá e pelos filhos de Israel, seus companheiros. E toma outro pedaço de madeira e escreve nele: Por José, vara de Efraim, e por toda a casa de Israel, seus companheiros. 17 E ajunta um ao outro, para que se unam e se tornem um só na tua mão. 18 E, quando te falarem os filhos do teu povo, dizendo: Não nos declararás o que significam estas coisas? 19 Tu lhes dirás: Assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu tomarei a vara de José, que esteve na mão de Efraim, e as das tribos de Israel, suas companheiras, e as ajuntarei à vara de Judá, e farei delas uma só vara, e elas se farão uma só na minha mão. 20 E os pedaços de madeira sobre que houveres escrito estarão na tua mão, perante os olhos deles. 21 Dize-lhes, pois: Assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu tomarei os filhos de Israel de entre as nações para onde eles foram, e os congregarei de todas as partes, e os levarei à sua terra. 22 E deles farei uma nação na terra, nos montes de Israel, e um rei será rei de todos eles; e nunca mais serão duas nações; nunca mais para o futuro se dividirão em dois reinos. 23 E nunca mais se contaminarão com os seus ídolos, nem com as suas abominações, nem com as suas prevaricações; e os livrarei de todos os lugares de sua residência em que pecaram e os purificarei; assim, eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.

24 E meu servo Davi reinará sobre eles, e todos eles terão um pastor; e andarão nos meus juízos, e guardarão os meus estatutos, e os observarão. 25 E habitarão na terra que dei a meu servo Jacó, na qual habitaram vossos pais; e habitarão nela, eles, e seus filhos, e os filhos de seus filhos, para sempre; e Davi, meu servo, será seu príncipe eternamente. 26 E farei com eles um concerto de paz; e será um concerto perpétuo; e os estabelecerei, e os multiplicarei, e porei o meu santuário no meio deles para sempre. 27 E o meu tabernáculo estará com eles, e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. 28 E as nações saberão que eu sou o Senhor que santifico a Israel, quando estiver o meu santuário no meio deles, para sempre.

Profecia contra Gogue

38 Veio mais a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, dirige o rosto contra Gogue, terra de Magogue, príncipe e chefe de Meseque e de Tubal, e profetiza contra ele. E dize: Assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu sou contra ti, ó Gogue, príncipe e chefe de Meseque e de Tubal. E te farei voltar, e porei anzóis nos teus queixos, e te levarei a ti, com todo o teu exército, cavalos e cavaleiros, todos vestidos bizarramente, congregação grande, com escudo e rodela, manejando todos a espada; persas, etíopes e os de Pute com eles, todos com escudo e capacete; Gomer e todas as suas tropas; a casa de Togarma, da banda do Norte, e todas as suas tropas, muitos povos contigo.

Prepara-te, sim, dispõe-te, tu e todas as tuas congregações que se reuniram a ti, e serve-lhes tu de guarda. Depois de muitos dias, serás visitado; no fim dos anos, virás à terra que se retirou da espada e que veio dentre muitos povos aos montes de Israel, que sempre serviram de assolação; mas aquela terra foi tirada dentre os povos, e todos eles habitarão seguramente. Então, subirás, virás como uma tempestade, far-te-ás como uma nuvem para cobrir a terra, tu e todas as tuas tropas, e muitos povos contigo.

10 Assim diz o Senhor Jeová: E acontecerá, naquele dia, que terás imaginações no teu coração e conceberás um mau desígnio. 11 E dirás: Subirei contra a terra das aldeias não muradas, virei contra os que estão em repouso, que habitam seguros; todos eles habitam sem muro e não têm ferrolho nem portas; 12 isso a fim de tomar o despojo, e de arrebatar a presa, e tornar a tua mão contra as terras desertas que agora se habitam e contra o povo que se ajuntou dentre as nações, o qual tem gado e possessões e habita no meio da terra. 13 Sabá, e Dedã, e os mercadores de Társis, e todos os seus leõezinhos te dirão: Vens tu para tomar o despojo? Ajuntaste o teu bando para arrebatar a presa, para levar a prata e o ouro, para tomar o gado e as possessões, para saquear grande despojo?

14 Portanto, profetiza, ó filho do homem, e dize a Gogue: Assim diz o Senhor Jeová: Não o saberás, naquele dia, quando o meu povo de Israel habitar com segurança? 15 Virás, pois, do teu lugar, das bandas do Norte, tu e muitos povos contigo, montados todos a cavalo, grande ajuntamento e exército numeroso; 16 e subirás contra o meu povo de Israel, como uma nuvem, para cobrir a terra; no fim dos dias, sucederá que hei de trazer-te contra a minha terra, para que as nações me conheçam a mim, quando eu me houver santificado em ti os seus olhos, ó Gogue.

17 Assim diz o Senhor Jeová: Não és tu aquele de quem eu disse nos dias antigos, pelo ministério de meus servos, os profetas de Israel, os quais, naqueles dias, profetizaram largos anos, que te traria contra eles? 18 Sucederá, porém, naquele dia, no dia em que vier Gogue contra a terra de Israel, diz o Senhor Jeová, que a minha indignação subirá a meus narizes. 19 Porque disse no meu zelo, no fogo do meu furor, que, naquele dia, haverá grande tremor sobre a terra de Israel, 20 de tal sorte que tremerão diante da minha face os peixes do mar, e as aves do céu, e os animais do campo, e todos os répteis que se arrastam sobre a terra, e todos os homens que estão sobre a face da terra; e os montes cairão, e os precipícios se desfarão, e todos os muros desabarão por terra. 21 Porque chamarei contra Gogue a espada, sobre todos os meus montes, diz o Senhor Jeová; a espada de cada um se voltará contra seu irmão. 22 E contenderei com ele por meio da peste e do sangue; e uma chuva inundante, e grandes pedras de saraiva, fogo e enxofre farei cair sobre ele, e sobre as suas tropas, e sobre os muitos povos que estiverem com ele. 23 Assim, eu me engrandecerei, e me santificarei, e me farei conhecer aos olhos de muitas nações; e saberão que eu sou o Senhor.

39 Tu, pois, ó filho do homem, profetiza ainda contra Gogue e dize: Assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu sou contra ti, ó Gogue, príncipe e chefe de Meseque e de Tubal. E te farei voltear, e te porei seis anzóis, e te farei subir das bandas do Norte, e te trarei aos montes de Israel. E tirarei o teu arco da tua mão esquerda e farei cair as tuas flechas da tua mão direita. Nos montes de Israel, cairás, tu, e todas as tuas tropas, e os povos que estão contigo; e às aves de rapina, e às aves de toda a asa, e aos animais do campo, te darei por pasto. Sobre a face do campo cairás, porque eu falei, diz o Senhor Jeová. E enviarei um fogo sobre Magogue e entre os que habitam seguros nas ilhas; e saberão que eu sou o Senhor. E farei conhecido o meu santo nome no meio do meu povo de Israel e nunca mais deixarei profanar o meu santo nome; e as nações saberão que eu sou o Senhor, o Santo em Israel. Eis que é vindo e se cumprirá, diz o Senhor Jeová; este é o dia de que tenho falado. E os habitantes das cidades de Israel sairão, e totalmente queimarão as armas, e os escudos, e as rodelas, com os arcos, e com as flechas, e com os bastões de mão, e com as lanças; e farão fogo com tudo isso por sete anos. 10 E não trarão lenha do campo, nem a cortarão dos bosques, mas com as armas acenderão fogo; e roubarão aos que os roubaram e despojarão aos que despojaram, diz o Senhor Jeová.

11 E sucederá que, naquele dia, darei ali a Gogue um lugar de sepultura em Israel, o vale dos que passam ao oriente do mar; e se espantarão os que por ele passarem; e ali sepultarão Gogue e toda a sua multidão e lhe chamarão o vale da Multidão de Gogue. 12 E a casa de Israel os enterrará por sete meses, para purificar a terra. 13 Sim, todo o povo da terra os enterrará, e será para eles memorável o dia em que eu for glorificado, diz o Senhor Jeová. 14 E serão separados homens que incessantemente passarão pela terra, para que sepultem os que tiverem ficado sobre a face da terra, para a purificarem; durará sete meses este trabalho. 15 E os que passam pela terra a atravessarão, e, vendo alguém o osso de um homem, lhe levantará ao pé um sinal, até que os enterradores o enterrem no vale da Multidão de Gogue. 16 E também o nome da cidade será Hamoná; assim, purificarão a terra.

17 Tu, pois, ó filho do homem, assim diz o Senhor Jeová: Dize às aves de toda espécie e a todos os animais do campo: Ajuntai-vos, e vinde, vinde de toda parte para o meu sacrifício, que eu sacrifiquei por vós, sacrifício grande nos montes de Israel, e comei carne, e bebei sangue. 18 Comereis a carne dos poderosos e bebereis o sangue dos príncipes da terra, dos carneiros, dos cordeiros, dos bodes e dos bezerros, todos engordados em Basã. 19 E comereis a gordura até vos fartardes e bebereis o sangue até vos embebedardes, a gordura e o sangue do meu sacrifício que sacrificarei por vós. 20 E vos fartareis, à minha mesa, de cavalos, e de carros, e de valentes, e de todos os homens de guerra, diz o Senhor Jeová.

21 E eu porei a minha glória entre as nações, e todas as nações verão o meu juízo, que eu tiver executado, e a minha mão, que sobre elas tiver descarregado. 22 E saberão os da casa de Israel que eu sou o Senhor, seu Deus, desde aquele dia em diante. 23 E as nações saberão que os da casa de Israel, por causa da sua iniquidade, foram levados em cativeiro, porque se rebelaram contra mim, e eu escondi deles a minha face e os entreguei nas mãos de seus adversários, e todos caíram à espada. 24 Conforme a sua imundícia e conforme as suas prevaricações, usei com eles e escondi deles a minha face.

25 Portanto, assim diz o Senhor Jeová: Agora, tornarei a trazer os cativos de Jacó. E me compadecerei de toda a casa de Israel; terei zelo pelo meu santo nome. 26 E levarão sobre si a sua vergonha e toda a sua rebeldia com que se rebelaram contra mim, quando eles habitarem seguros na sua terra, sem haver quem os espante; 27 quando eu os tornar a trazer de entre os povos, e os houver ajuntado das terras de seus inimigos, e for santificado neles aos olhos de muitas nações. 28 Então, saberão que eu sou o Senhor, seu Deus, vendo que eu os fiz ir em cativeiro entre as nações, e os tornei a ajuntar para voltarem à sua terra, e nenhum deles excluí. 29 Nem esconderei mais a minha face deles, quando eu houver derramado o meu Espírito sobre a casa de Israel, diz o Senhor Jeová.

A restauração do templo, os átrios e os vestíbulos

40 No ano vigésimo quinto do nosso cativeiro, no princípio do ano, no décimo dia do mês, catorze anos depois que a cidade foi ferida, naquele mesmo dia, veio sobre mim a mão do Senhor e me levou para lá. Em visões de Deus, me levou à terra de Israel e me pôs sobre um monte muito alto; e havia sobre ele um como edifício de cidade para a banda do sul. E, havendo-me levado ali, eis que um homem cuja aparência era como a aparência do cobre, tendo um cordel de linho na mão e uma cana de medir, estava em pé na porta. E disse-me o homem: Filho do homem, vê com os teus olhos, e ouve com os teus ouvidos, e põe no teu coração tudo quanto eu te fizer ver; porque, para to mostrar, foste tu aqui trazido; anuncia, pois, à casa de Israel tudo quanto tu vires.

E havia um muro fora da casa em redor e na mão do homem, uma cana de medir, de seis côvados, de um côvado e quatro dedos cada um; e ele mediu a largura do edifício: uma cana, e a altura, uma cana. Então, veio à porta que olhava para o caminho do oriente, e subiu pelos seus degraus; mediu o umbral da porta: uma cana de largo; e o outro umbral: uma cana de largo. E cada câmara tinha uma cana de comprido e uma cana de largo; e, entre as câmaras, havia cinco côvados; e o umbral da porta, ao pé do vestíbulo da porta, tinha uma cana, por dentro. Também mediu o vestíbulo da porta por dentro: uma cana. Então, mediu o outro alpendre da porta, que tinha oito côvados; e os seus pilares: dois côvados, e o vestíbulo da porta, por dentro. 10 E as câmaras da porta para o lado do oriente eram três deste lado, e três do outro, uma mesma medida era a das três; também os pilares deste lado e do outro tinham a mesma medida. 11 Mediu mais a largura da entrada da porta, que era de dez côvados; e o comprimento da porta: treze côvados. 12 E o espaço em frente das câmaras era de um côvado, e de um côvado, o espaço da outra banda; e cada câmara tinha seis côvados de um lado e seis côvados do outro. 13 Então, mediu a porta desde o telhado de uma câmara até ao telhado da outra: vinte e cinco côvados de largo, porta contra porta. 14 Também fez pilares de sessenta côvados e o átrio até ao pilar em roda da porta. 15 E, desde a dianteira da porta da entrada até à dianteira do vestíbulo da porta interior, havia cinquenta côvados. 16 Fez também nas câmaras janelas de fechar e nos seus pilares, dentro da porta ao redor, e da mesma sorte nos vestíbulos; e as janelas estavam à roda pela parte de dentro, e nos pilares havia palmeiras.

17 E ele me levou ao átrio exterior; e eis que havia nele câmaras e um solhado que estava feito no átrio em redor; trinta câmaras havia naquele solhado. 18 E o solhado da banda das portas era a par do comprimento das portas; o solhado estava mais baixo. 19 E mediu a largura da dianteira do átrio interior, por fora: cem côvados da banda do oriente e do norte.

20 E, quanto à porta que olhava para o caminho do norte, no átrio exterior, ele mediu o seu comprimento e a sua largura. 21 E as suas câmaras, três de uma banda e três da outra, e os seus pilares, e os seus vestíbulos eram da medida do primeiro vestíbulo; de cinquenta côvados era o seu comprimento, e a largura, de vinte e cinco côvados. 22 E as suas janelas, e os seus vestíbulos, e as suas palmeiras eram da medida da porta que olhava para o caminho do oriente; e subia-se para ela por sete degraus, e o seu vestíbulo estava diante dela. 23 E estava a porta do átrio interior defronte da porta do norte e do oriente; e mediu de porta a porta: cem côvados.

24 Então, ele me levou ao caminho do sul, e eis que havia ali uma porta que olhava para o caminho do sul; e mediu os seus pilares e os seus vestíbulos conforme estas medidas. 25 E havia também janelas em redor dos seus vestíbulos, como as outras janelas; cinquenta côvados, o comprimento, e a largura, vinte e cinco côvados. 26 E de sete degraus eram as suas subidas, e os seus vestíbulos estavam diante deles; e tinha palmeiras, uma de uma banda e outra da outra, nos seus pilares. 27 Também havia uma porta no átrio interior para o caminho do sul; e mediu de porta a porta, para o caminho do sul: cem côvados.

28 Então, me levou ao átrio interior pela porta do sul; e mediu a porta do sul, conforme estas medidas. 29 E as suas câmaras, e os seus pilares, e os seus vestíbulos eram conforme estas medidas; e tinham também janelas ao redor dos seus vestíbulos; o comprimento era de cinquenta côvados, e a largura, de vinte e cinco côvados. 30 E havia vestíbulos em redor; o comprimento era de vinte e cinco côvados, e a largura, de cinco côvados. 31 E os seus vestíbulos estavam na direção do átrio exterior, e havia palmeiras nos seus pilares; e de oito degraus eram as suas subidas.

32 Depois, me levou ao átrio interior, para o caminho do oriente, e mediu a porta conforme estas medidas; 33 e também as suas câmaras, e os seus pilares, e os seus vestíbulos, conforme estas medidas; e havia também janelas em redor dos seus vestíbulos; o comprimento, de cinquenta côvados, e a largura, de vinte e cinco côvados. 34 E os seus vestíbulos estavam no átrio de fora; também havia palmeiras nos seus pilares de uma e de outra banda; e eram as suas subidas de oito degraus.

35 Então, me levou à porta do norte e mediu conforme estas medidas; 36 as suas camarinhas, e os seus pilares, e os seus vestíbulos; também tinha janelas em redor; o comprimento era de cinquenta côvados, e a largura, de vinte e cinco côvados. 37 E os seus pilares estavam no átrio exterior; também havia palmeiras nos seus pilares de uma e de outra banda; e eram as suas subidas de oito degraus.

38 E a sua câmara e a sua entrada estavam junto aos pilares dos vestíbulos onde lavavam o holocausto. 39 E no vestíbulo da porta havia duas mesas de uma banda e duas mesas da outra, para nelas se degolar o holocausto e o sacrifício pelo pecado e pela culpa. 40 Também da banda de fora da subida para a entrada da porta do norte havia duas mesas; e da outra banda, que estava no vestíbulo da porta, havia duas mesas. 41 Quatro mesas de uma, e quatro mesas da outra banda; aos lados da porta, oito mesas, sobre as quais imolavam. 42 E as quatro mesas para o holocausto eram de pedras lavradas; o comprimento era de um côvado e meio, e a largura, de um côvado e meio, e a altura, de um côvado; e sobre elas se punham os instrumentos com que imolavam o holocausto e o sacrifício. 43 E as suas bordas, de quatro dedos de comprimento, estavam fixadas por dentro em redor; e sobre as mesas estava a carne da oferta.

44 E fora da porta interior estavam as câmaras dos cantores, no átrio de dentro, que estava da banda da porta do norte e olhava para o caminho do sul; uma estava à banda da porta do oriente, a qual olhava para o caminho do norte. 45 E ele me disse: Esta câmara que olha para o caminho do sul é para os sacerdotes que têm a guarda do templo. 46 Mas a câmara que olha para o caminho do norte é para os sacerdotes que têm a guarda do altar; estes são os filhos de Zadoque, que se chegam ao Senhor, dentre os filhos de Levi, para o servir. 47 E mediu o átrio: o comprimento, de cem côvados, e a largura, de cem côvados, um quadrado; e o altar estava diante do templo.

48 Então, me levou ao vestíbulo do templo e mediu cada pilar do vestíbulo: cinco côvados de uma banda e cinco côvados da outra; e a largura da porta, três côvados de uma banda e três côvados da outra. 49 O comprimento do vestíbulo era de vinte côvados, e a largura, de onze côvados; e era por degraus que se subia; e havia colunas junto aos pilares, uma de uma banda e outra da outra.

A restauração do templo: o santuário

41 Então, me levou ao templo e mediu os pilares: seis côvados de largura de uma banda, e seis côvados de largura da outra, que era a largura do tabernáculo. E a largura da entrada, dez côvados; e os lados da entrada, cinco côvados de uma banda e cinco côvados da outra; também mediu o seu comprimento, de quarenta côvados, e a largura, de vinte côvados. E entrou dentro e mediu o pilar da entrada: dois côvados; e a entrada: seis côvados, e a largura da entrada, sete côvados. Também mediu o seu comprimento: vinte côvados, e a largura, vinte côvados, diante do templo; e me disse: Esta é a Santidade das Santidades.

E mediu a parede do templo: seis côvados, e a largura das câmaras laterais, quatro côvados, por todo o redor do templo. E as câmaras laterais, câmara sobre câmara, eram trinta e três por ordem e entravam na parede que tocava no templo pelas câmaras laterais em redor, para se susterem nelas, porque não travavam da parede do templo. E havia maior largura e volta nas câmaras laterais para cima, porque o caracol do templo subia mui alto por todo o redor do templo; por isso, o templo tinha mais largura para cima; e assim da câmara baixa se subia à mais alta pelo meio. E olhei para a altura do templo em redor; e eram os fundamentos das câmaras laterais da medida de uma cana inteira: seis côvados grandes. A grossura da parede das câmaras laterais de fora era de cinco côvados; e o que foi deixado vazio era o lugar das câmaras laterais, que estavam junto ao templo. 10 E entre as câmaras havia a largura de vinte côvados por todo o redor do templo. 11 E as entradas das câmaras laterais estavam voltadas para o lugar vazio; uma entrada para o caminho do norte, e outra entrada para o do sul; e a largura do lugar vazio era de cinco côvados em redor.

12 Era também o edifício que estava diante do lugar separado, à esquina do caminho do ocidente, da largura de setenta côvados; e a parede do edifício, de cinco côvados de largura em redor; e o seu comprimento era de noventa côvados. 13 E mediu o templo, do comprimento de cem côvados, como também o lugar separado, e o edifício, e as suas paredes: cem côvados de comprimento. 14 E a largura da dianteira do templo e do lugar separado para o oriente, de uma e de outra parte: cem côvados.

15 Também mediu o comprimento do edifício, diante do lugar separado, que estava por detrás, e as suas galerias de uma e de outra parte: cem côvados, com o templo de dentro e os vestíbulos do átrio. 16 Os umbrais e as janelas estreitas, e as galerias em redor dos três, defronte do umbral, estavam cobertas de madeira em redor; e isso desde o chão até às janelas; e as janelas estavam cobertas; 17 até ao espaço em cima da porta, e até ao templo de dentro e de fora, e até toda a parede em redor, por dentro e por fora, tudo com medidas, 18 e foi feito com querubins e palmeiras, de maneira que cada palmeira estava entre querubim e querubim, e cada querubim tinha dois rostos, 19 a saber, um rosto de homem olhava para a palmeira de uma banda, e um rosto de leãozinho, para a palmeira da outra; assim foi feito por toda a casa em redor. 20 Desde o chão até acima da entrada, estavam feitos os querubins e as palmeiras, como também pela parede do templo. 21 As ombreiras do templo eram quadradas, e, no tocante à dianteira do santuário, a feição de uma era como a feição da outra. 22 O altar de madeira era de três côvados de altura, e o seu comprimento, de dois côvados, e tinha as suas esquinas; e o seu fundamento e as suas paredes eram de madeira; e me disse: Esta é a mesa que está perante a face do Senhor. 23 E o templo e o santuário, ambos tinham duas portas. 24 E havia dois batentes para as portas, dois batentes volantes; dois para uma porta, e dois batentes para a outra. 25 E foram feitos nelas, nas portas do templo, querubins e palmeiras, como estavam feitos nas paredes, e havia uma trave grossa de madeira na dianteira do vestíbulo por fora. 26 E havia janelas estreitas e palmeiras, de uma e de outra banda nos lados do vestíbulo, como também nas câmaras do templo e nas grossas traves.

A restauração do templo: as câmaras santas

42 Depois disso, fez-me sair para fora, ao átrio exterior, para a banda do caminho do norte; e me levou às câmaras que estavam defronte do largo vazio e que estavam defronte do edifício, da banda do norte. Do comprimento de cem côvados era a entrada do norte; e a largura era de cinquenta côvados. Em frente dos vinte côvados, que tinha o átrio interior, e em frente do pavimento que tinha o átrio exterior, havia galeria contra galeria em três andares. E diante das câmaras havia um passeio de dez côvados de largo, da banda de dentro, e um caminho de um côvado; e as suas entradas eram para o lado do norte. E as câmaras de cima eram mais estreitas; porque as galerias tomavam aqui mais espaço do que nas de baixo e nas do meio do edifício. Porque elas eram de três andares e não tinham colunas como as colunas dos átrios; por isso, desde o chão se iam estreitando mais do que as de baixo e as do meio. E o muro que estava por fora, defronte das câmaras, no caminho do átrio exterior, diante das câmaras, tinha cinquenta côvados de comprimento. Porque o comprimento das câmaras, que estavam no átrio exterior, era de cinquenta côvados; e eis que defronte do templo havia cem côvados. E da parte de baixo destas câmaras estava a entrada do lado do oriente, quando se entra nelas pelo átrio exterior.

10 Na largura do muro do átrio para o caminho do oriente, diante do lugar separado, e diante do edifício, havia também câmaras. 11 E o caminho de diante delas era da feição das câmaras e olhava para o caminho do norte; conforme o seu comprimento, assim era a sua largura; e todas as suas saídas eram também conforme as suas feições e conforme as suas entradas. 12 E conforme as entradas das câmaras, que olhavam para o caminho do sul, havia também uma entrada do topo do caminho, do caminho diante do muro direito, para o caminho do oriente, quando se entra por elas.

13 Então, me disse: As câmaras do norte e as câmaras do sul, que estão diante do lugar separado, são câmaras santas, em que os sacerdotes, que se chegam ao Senhor, comerão as coisas mais santas; ali porão as coisas mais santas, e as ofertas de comer, e a expiação pelo pecado, e a expiação pela culpa; porque o lugar é santo. 14 Quando os sacerdotes entrarem, não sairão do santuário para o átrio exterior, mas porão ali as suas vestiduras com que ministraram, porque elas são santidade; e vestir-se-ão de outras vestiduras e assim se aproximarão do lugar pertencente ao povo.

15 E, acabando ele de medir o templo interior, ele me fez sair pelo caminho da porta cuja face olha para o caminho do oriente; e mediu em redor. 16 Mediu a banda oriental com a cana de medir: quinhentas canas com a cana de medir ao redor. 17 Mediu a banda do norte: quinhentas canas com a cana de medir ao redor. 18 A banda do sul também mediu: quinhentas canas com a cana de medir. 19 Deu uma volta para a banda do ocidente e mediu quinhentas canas com a cana de medir. 20 Mediu pelas quatro bandas; e tinha um muro em redor, de quinhentas canas de comprimento e quinhentas de largura, para fazer separação entre o santo e o profano.

A restauração do templo: a glória do Senhor

43 Então, me levou à porta, à porta que olha para o caminho do oriente. E eis que a glória do Deus de Israel vinha do caminho do oriente; e a sua voz era como a voz de muitas águas, e a terra resplandeceu por causa da sua glória. E o aspecto da visão que vi era como o da visão que eu tinha visto quando vim destruir a cidade; e eram as visões como a que vi junto ao rio Quebar; e caí sobre o meu rosto. E a glória do Senhor entrou no templo pelo caminho da porta cuja face está para o lado do oriente. E levantou-me o Espírito e me levou ao átrio interior; e eis que a glória do Senhor encheu o templo.

E ouvi uma voz que me foi dirigida de dentro do templo; e um homem se pôs junto de mim e me disse: Filho do homem, este é o lugar do meu trono e o lugar das plantas dos meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre; e os da casa de Israel não contaminarão mais o meu nome santo, nem eles nem os seus reis, com as suas prostituições e com os cadáveres dos seus reis, nos seus altos, pondo o seu umbral ao pé do meu umbral e a sua ombreira junto à minha ombreira, e havendo uma parede entre mim e entre eles; e contaminaram o meu santo nome com as suas abominações que faziam; por isso, eu os consumi na minha ira. Agora, lancem eles para longe de mim a sua prostituição e os cadáveres dos seus reis, e habitarei no meio deles para sempre.

A restauração do templo: o altar dos holocaustos

10 Tu, pois, ó filho do homem, mostra à casa de Israel esta casa, para que se envergonhe das suas maldades; sirva-lhe ela de modelo. 11 E, envergonhando-se eles de tudo quanto fizeram, faze-lhes saber a forma desta casa, e a sua figura, e as suas saídas, e as suas entradas, e todas as suas formas, e todos os seus estatutos, e todas as suas formas, e todas as suas leis; e escreve isto aos seus olhos, para que guardem toda a sua forma e todos os seus estatutos e os cumpram. 12 Esta é a lei da casa. Sobre o cume do monte, todo o seu contorno em redor será santíssimo; eis que esta é a lei da casa.

13 E estas são as medidas do altar, por côvados (o côvado é um côvado e quatro dedos); a parte inferior será de um côvado de altura e um côvado de largura, e a sua borda, em todo o seu contorno, de um palmo; e esta é a base do altar. 14 Do fundo, desde a terra até à listra de baixo, dois côvados, e de largura, um côvado; e, desde a pequena listra até à listra grande, quatro côvados, e a largura, um côvado. 15 E o Harel, de quatro côvados; e, desde o Ariel até cima, havia quatro chifres. 16 E o Ariel terá doze côvados de comprimento e doze de largura, quadrado nos quatro lados. 17 E a listra, catorze côvados de comprimento e catorze de largura, nos seus quatro lados; e o contorno, ao redor dela, de meio côvado, e o fundo dela, de um côvado, ao redor; e os seus degraus olhavam para o oriente.

18 E me disse: Filho do homem, assim diz o Senhor Jeová: Estes são os estatutos do altar, no dia em que o farão, para oferecerem sobre ele holocausto e para espalharem sobre ele sangue. 19 E aos sacerdotes levitas, que são da semente de Zadoque, que se chegam a mim (diz o Senhor Jeová) para me servirem, darás um bezerro, para expiação do pecado. 20 E tomarás do seu sangue, e o porás sobre os seus quatro ângulos, e, nas quatro esquinas da listra e no contorno ao redor, assim farás a purificação e a expiação. 21 Então, tomarás o bezerro da expiação do pecado, o qual será queimado no lugar da casa para isso ordenado, fora do santuário. 22 E, no segundo dia, oferecerás um bode sem mancha, para expiação do pecado; e purificarão o altar, como o purificaram com o bezerro. 23 E, acabando tu de o purificar, oferecerás um bezerro sem mancha e um carneiro do rebanho sem mancha. 24 E os oferecerás perante a face do Senhor; e os sacerdotes deitarão sal sobre eles e os oferecerão em holocausto ao Senhor. 25 Durante sete dias, prepararás cada dia um bode para expiação; também prepararão um bezerro, e um carneiro do rebanho sem mancha. 26 Por sete dias, expiarão o altar, e o purificarão, e assim o consagrarão. 27 E, cumprindo eles estes dias, será que, ao oitavo dia e dali em diante, prepararão os sacerdotes sobre o altar os vossos holocaustos e os vossos sacrifícios pacíficos; e eu me deleitarei em vós, diz o Senhor Jeová.

A restauração do templo: reformas no ministério do santuário

44 Então, me fez voltar para o caminho da porta do santuário exterior, que olha para o oriente, a qual estava fechada. E disse-me o Senhor: Esta porta estará fechada, não se abrirá; ninguém entrará por ela, porque o Senhor, Deus de Israel, entrou por ela; por isso, estará fechada. Quanto ao príncipe, ele ali se assentará como príncipe, para comer o pão diante do Senhor; pelo caminho do vestíbulo da porta entrará e por esse mesmo caminho sairá. Depois, me levou pelo caminho da porta do norte, diante da casa; e olhei, e eis que a glória do Senhor encheu a Casa do Senhor; então, caí sobre o meu rosto. E disse-me o Senhor: Filho do homem, pondera no teu coração, e vê com os teus olhos, e ouve com os teus ouvidos tudo quanto eu te disser de todos os estatutos da Casa do Senhor e de todas as suas leis; e considera no teu coração a entrada da casa, com todas as saídas do santuário. E dize aos rebeldes, à casa de Israel: Assim diz o Senhor Jeová: Bastem-vos todas as vossas abominações, ó casa de Israel! Porquanto chamastes estranhos, incircuncisos de coração e incircuncisos de carne, para estarem no meu santuário, para o profanarem em minha casa, quando oferecereis o meu pão, a gordura e o sangue; e eles invalidaram o meu concerto, por causa de todas as vossas abominações. E não guardastes a ordenança das minhas coisas sagradas; antes, vos constituístes a vós mesmos guardas da minha ordenança no meu santuário.

Assim diz o Senhor Jeová: Nenhum estranho, incircunciso de coração ou incircunciso de carne, entrará no meu santuário, dentre os estranhos que se acharem no meio dos filhos de Israel. 10 Mas os levitas que se apartaram para longe de mim, quando Israel andava errado, que andavam transviados, desviados de mim, para irem atrás dos seus ídolos, bem levarão sobre si a sua iniquidade. 11 Contudo, serão ministros do meu santuário, nos cargos das portas da casa, e servirão à casa; eles degolarão o holocausto e o sacrifício para o povo e estarão perante ele, para lhe servir. 12 Porque lhes ministraram diante dos seus ídolos, e serviram à casa de Israel de tropeço de maldade; por isso, eu levantei a mão sobre eles, diz o Senhor Jeová, e eles levarão sobre si a sua iniquidade. 13 E não se chegarão a mim, para me servirem no sacerdócio, nem se chegarão a nenhuma de todas as minhas coisas sagradas, à Santidade das Santidades, mas levarão sobre si a sua vergonha e as suas abominações que cometeram. 14 Contudo, eu os constituirei guardas da ordenança da casa, em todo o seu serviço e em tudo o que nela se fizer.

15 Mas os sacerdotes levíticos, os filhos de Zadoque, que guardaram a ordenança do meu santuário, quando os filhos de Israel se extraviaram de mim, se chegarão a mim, para me servirem, e estarão diante de mim, para me oferecerem a gordura e o sangue, diz o Senhor Jeová. 16 Eles entrarão no meu santuário, e se chegarão à minha mesa, para me servirem, e guardarão a minha ordenança. 17 E será que, quando entrarem pelas portas do átrio interior, se vestirão de vestiduras de linho; e não se porá lã sobre eles, quando servirem nas portas do átrio interior, dentro da casa. 18 Coifas de linho estarão sobre a sua cabeça, e calções de linho estarão sobre os seus rins; não se cingirão de modo que lhes venha suor. 19 E, saindo eles ao átrio exterior, ao povo, no átrio exterior, despirão as suas vestiduras com que ministraram, e as porão nas santas câmaras, e se vestirão de outras vestes, para que não santifiquem o povo estando com as suas vestiduras. 20 E a cabeça não raparão, nem deixarão crescer o cabelo; antes, como convém, tosquiarão a sua cabeça. 21 E nenhum sacerdote beberá vinho quando entrar no átrio interior. 22 E eles não se casarão nem com viúva nem com repudiada, mas tomarão virgens da linhagem da casa de Israel ou viúva que for viúva de sacerdote. 23 E a meu povo ensinarão a distinguir entre o santo e o profano e o farão discernir entre o impuro e o puro. 24 E, quando houver pleito, eles assistirão a ele para o julgarem; pelos meus juízos o julgarão; e as minhas leis e os meus estatutos em todas as minhas solenidades guardarão e os meus sábados santificarão. 25 E eles não se aproximarão de nenhuma pessoa morta, porque se contaminariam; somente por pai, ou por mãe, ou por filho, ou por filha, ou por irmão, ou por irmã que não tiver marido, se poderão contaminar. 26 E, depois da sua purificação, lhe contarão sete dias. 27 E, no dia em que ele entrar no lugar santo, no átrio interior, para ministrar no lugar santo, oferecerá a sua expiação pelo pecado, diz o Senhor Jeová.

28 Eles terão uma herança; eu serei a sua herança; não lhes dareis, portanto, possessão em Israel; eu sou a sua possessão. 29 E a oferta de manjares, e o sacrifício pelo pecado, e o sacrifício pela culpa eles comerão; e toda coisa consagrada em Israel será deles. 30 E as primícias de todos os primeiros frutos de tudo e toda oferta de todas as vossas ofertas serão dos sacerdotes; também as primeiras das vossas massas dareis ao sacerdote, para que faça repousar a bênção sobre a tua casa. 31 Nenhuma coisa que tenha morrido ou tenha sido arrebatada de aves e de animais comerão os sacerdotes.

A repartição da terra. O lugar santo

45 Quando, pois, repartirdes a terra por sortes em herança, oferecereis uma oferta ao Senhor, um lugar santo da terra; o comprimento será de vinte e cinco mil canas, e a largura, de dez mil; este será santo em todo o seu contorno ao redor. E será o santuário de quinhentas com mais quinhentas, em quadrado, e terá em redor um arrabalde de cinquenta côvados. E desta medida medirás um comprimento de vinte e cinco mil côvados e uma largura de dez mil; e ali estará o santuário e o lugar santíssimo. Este será o lugar santo da terra; ele será para os sacerdotes, ministros do santuário, que dele se aproximam para servir ao Senhor; e lhes servirá de lugar para casas e de lugar santo para o santuário. E terão os levitas, ministros da casa, por possessão sua, vinte e cinco mil medidas de comprimento, para vinte câmaras. E, para a possessão da cidade, de largura dareis cinco mil canas e de comprimento vinte e cinco mil, defronte da oferta santa, o que será para toda a casa de Israel. O príncipe, porém, terá a sua parte desta e da outra banda da santa oferta e da possessão da cidade, diante da santa oferta e diante da possessão da cidade, na esquina ocidental para o ocidente, e na esquina oriental para o oriente; e será o comprimento, defronte de uma das partes, desde o termo ocidental até ao termo oriental. E esta terra será a sua possessão em Israel; e os meus príncipes nunca mais oprimirão o meu povo; antes, deixarão a terra à casa de Israel, conforme as suas tribos.

Assim diz o Senhor Jeová: Basta já, ó príncipes de Israel; afastai a violência e a assolação, e praticai juízo e justiça, e tirai as vossas imposições do meu povo, diz o Senhor Jeová. 10 Balanças justas, e efa justo, e bato justo tereis. 11 O efa e o bato serão de uma mesma medida, de maneira que o bato contenha a décima parte do ômer, e o efa a décima parte do ômer; conforme o ômer, será a sua medida. 12 E o siclo será de vinte geras; vinte siclos, mais vinte e cinco siclos, mais quinze siclos vos servirão de um arrátel. 13 Esta será a oferta que haveis de fazer: a sexta parte de um efa de cada ômer de trigo; também dareis a sexta parte de um efa de cada ômer de cevada. 14 Quanto ao estatuto do azeite, de cada bato de azeite oferecereis a décima parte do bato tirado de um coro, que é um ômer de dez batos; porque dez batos fazem um ômer. 15 E um cordeiro do rebanho, de cada duzentos, da mais regada terra de Israel, para oferta de manjares, e para holocausto, e para sacrifício pacífico; para que façam expiação por eles, diz o Senhor Jeová. 16 Todo o povo da terra concorrerá para esta oferta, pelo príncipe de Israel. 17 E estarão a cargo do príncipe os holocaustos, e as ofertas de manjares, e as libações, nas festas, e nas luas novas, e nos sábados, e em todas as solenidades da casa de Israel; ele fará a expiação pelo pecado, e a oferta de manjares, e o holocausto, e os sacrifícios pacíficos, para fazer expiação pela casa de Israel.

18 Assim diz o Senhor Jeová: No primeiro mês, no primeiro dia do mês, tomarás um bezerro sem mancha e purificarás o santuário. 19 E o sacerdote tomará do sangue do sacrifício pela expiação e porá dele nas ombreiras da casa, e nas quatro esquinas da listra do altar, e nas ombreiras da porta do átrio interior. 20 Assim também farás no sétimo dia do mês, por causa dos que erram e por causa dos símplices; assim, expiareis a casa.

21 No primeiro mês, no dia catorze do mês, tereis a Páscoa, uma festa de sete dias; pão asmo se comerá. 22 E o príncipe no mesmo dia, por si e por todo o povo da terra, preparará um bezerro de expiação pelo pecado. 23 E, nos sete dias da festa, preparará um holocausto ao Senhor, de sete bezerros e sete carneiros sem mancha, cada dia durante os sete dias; e o sacrifício de expiação de um bode cada dia. 24 Também preparará uma oferta de manjares: um efa para cada bezerro, e um efa para cada carneiro, e um him de azeite para cada efa. 25 No sétimo mês, no dia quinze do mês, na festa, fará o mesmo todos os sete dias, tanto o sacrifício pela expiação como o holocausto, e como a oferta de manjares, e como o azeite.

46 Assim diz o Senhor Jeová: A porta do átrio interior, que olha para o oriente, estará fechada durante os seis dias, que são de trabalho; mas, no dia de sábado, ela se abrirá; também no dia da lua nova se abrirá. E o príncipe entrará pelo caminho do vestíbulo da porta, por fora, e permanecerá junto da ombreira da porta; e os sacerdotes prepararão o seu holocausto e os seus sacrifícios pacíficos, e ele se prostrará no umbral da porta e sairá; mas a porta não se fechará até à tarde. E o povo da terra se prostrará à entrada da mesma porta, nos sábados e nas luas novas, diante do Senhor. E o holocausto, que o príncipe oferecer ao Senhor, serão, no dia de sábado, seis cordeiros sem mancha e um carneiro sem mancha. E a oferta de manjares será um efa pelo carneiro; e, pelo cordeiro, a oferta de manjares será o que puder dar; e de azeite um him para cada efa. Mas, no dia da lua nova, será um bezerro sem mancha, e seis cordeiros, e um carneiro; eles serão sem mancha. E preparará por oferta de manjares um efa pelo bezerro e um efa pelo carneiro, mas, pelos cordeiros, conforme o que alcançar a sua mão; e um him de azeite para um efa. E, quando entrar o príncipe, entrará pelo caminho do vestíbulo da porta e sairá pelo mesmo caminho.

Mas, quando vier o povo da terra perante a face do Senhor nas solenidades, aquele que entrar pelo caminho da porta do norte, para adorar, sairá pelo caminho da porta do sul; e aquele que entrar pelo caminho da porta do sul sairá pelo caminho da porta do norte; não tornará pelo caminho da porta por onde entrou, mas sairá pela que está em frente dele. 10 E o príncipe entrará no meio deles, quando eles entrarem; e, saindo eles, sairão todos. 11 E, nas festas e nas solenidades, será a oferta de manjares um efa pelo bezerro e um efa pelo carneiro; mas, pelos cordeiros, o que puder dar; e de azeite, um him para um efa. 12 E, quando o príncipe fizer oferta voluntária de holocaustos ou de sacrifício pacífico como oferta voluntária ao Senhor, então, lhe abrirão a porta que olha para o oriente, e fará ele o seu holocausto e os seus sacrifícios pacíficos, como houver feito no dia de sábado; e sairá, e se fechará a porta depois de ele sair.

13 E prepararás um cordeiro de um ano, sem mancha, em holocausto ao Senhor, cada dia; todas as manhãs o prepararás. 14 E, juntamente com ele, prepararás uma oferta de manjares para o Senhor todas as manhãs, a sexta parte de um efa e, de azeite, a terça parte de um him, para misturar com a flor de farinha; isto é estatuto perpétuo e contínuo. 15 Assim, prepararão o cordeiro, e a oferta de manjares, e o azeite, todas as manhãs, em holocausto contínuo.

16 Assim diz o Senhor Jeová: Quando o príncipe der um presente a algum de seus filhos, é sua herança, pertencerá a seus filhos; será possessão deles por herança. 17 Mas, dando ele um presente da sua herança a algum dos seus servos, será deste até ao ano da liberdade; então, tornará para o príncipe, porque herança dele é; seus filhos, eles a herdarão. 18 E o príncipe não tomará nada da herança do povo, não os esbulhará da sua possessão; da sua própria possessão, deixará herança a seus filhos, para que o meu povo não seja retirado, cada um da sua possessão.

19 Depois disso, me trouxe pela entrada que estava ao lado da porta, às câmaras santas dos sacerdotes, as quais olhavam para o norte; e eis que ali havia um lugar em ambos os lados, para a banda do ocidente. 20 E ele me disse: Este é o lugar onde os sacerdotes cozerão o sacrifício pela culpa e o sacrifício pelo pecado e onde cozerão a oferta de manjares, para que a não tragam ao átrio exterior para santificarem o povo.

21 Então, me levou para fora, para o átrio exterior, e me fez passar às quatro esquinas do átrio; e eis que em cada esquina do átrio havia outro átrio. 22 Nas quatro esquinas do átrio, havia átrios fechados, com chaminés de quarenta côvados de comprimento e de trinta de largura; estas quatro esquinas tinham uma mesma medida. 23 E um muro havia ao redor delas, ao redor das quatro; e havia cozinhas feitas por baixo dos muros ao redor. 24 E me disse: Estas são as casas dos cozinheiros, onde os ministros da casa cozerão o sacrifício do povo.

A torrente das águas purificadoras

47 Depois disso, me fez voltar à entrada da casa, e eis que saíam umas águas de debaixo do umbral da casa, para o oriente; porque a face da casa olhava para o oriente, e as águas vinham de baixo, desde a banda direita da casa, da banda do sul do altar. E ele me tirou pelo caminho da porta do norte e me fez dar uma volta pelo caminho de fora, até a porta exterior, pelo caminho que olha para o oriente; e eis que corriam umas águas desde a banda direita.

Saiu aquele homem para o oriente, tendo na mão um cordel de medir; e mediu mil côvados e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos tornozelos. E mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos joelhos; e mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos lombos. E mediu mais mil e era um ribeiro, que eu não podia atravessar, porque as águas eram profundas, águas que se deviam passar a nado, ribeiro pelo qual não se podia passar. E me disse: Viste, filho do homem? Então, me levou e me tornou a trazer à margem do ribeiro. E, tornando eu, eis que à margem do ribeiro havia uma grande abundância de árvores, de uma e de outra banda. Então, me disse: Estas águas saem para a região oriental, e descem à campina, e entram no mar; e, sendo levadas ao mar, sararão as águas. E será que toda criatura vivente que vier por onde quer que entrarem esses dois ribeiros viverá, e haverá muitíssimo peixe; porque lá chegarão essas águas e sararão, e viverá tudo por onde quer que entrar esse ribeiro. 10 Será também que os pescadores estarão junto dele; desde En-Gedi até En-Eglaim, haverá lugar para estender as redes; o seu peixe, segundo a sua espécie, será como o peixe do mar Grande, em multidão excessiva. 11 Mas os seus charcos e os seus lamaceiros não sararão; serão deixados para sal. 12 E junto do ribeiro, à sua margem, de uma e de outra banda, subirá toda sorte de árvore que dá fruto para se comer; não cairá a sua folha, nem perecerá o seu fruto; nos seus meses produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário; e o seu fruto servirá de alimento, e a sua folha, de remédio.

As fronteiras da terra de Israel

13 Assim diz o Senhor Jeová: Este será o termo conforme o qual tomareis a terra em herança, segundo as doze tribos de Israel. José terá duas partes. 14 E vós a herdareis, tanto um como o outro; pois sobre ela levantei a mão, para a dar a vossos pais; assim, que essa mesma terra vos cairá a vós em herança.

15 E este será o termo da terra, da banda do norte: desde o mar Grande, caminho de Hetlom, até à entrada de Zedade, 16 Hamate, Berota, Sibraim (que estão entre o termo de Damasco e entre o termo de Hamate) e a cidade de Hazer-Haticom (que está junto ao termo de Haurã). 17 E o termo desde o mar será Hazer-Enom, no termo de Damasco, e na direção do norte está o termo de Hamate; este será o termo do norte. 18 E o termo do oriente, entre Haurã, e Damasco, e Gileade, e a terra de Israel, será o Jordão; desde o termo do norte até ao mar do oriente medireis; este será o termo do oriente. 19 E o termo do sul será desde Tamar até às águas da contenda de Cades, junto ao ribeiro até ao mar Grande; este será o termo para o lado do sul. 20 E o termo do ocidente será o mar Grande, desde o termo do sul até à entrada de Hamate; este será o termo do ocidente.

21 Repartireis, pois, esta terra entre vós, segundo as tribos de Israel. 22 Será, porém, que a sorteareis para vossa herança e para a dos estrangeiros que peregrinam no meio de vós, que geraram filhos no meio de vós; e vos serão como naturais entre os filhos de Israel; convosco entrarão em herança, no meio das tribos de Israel. 23 E será que, na tribo em que peregrinar o estrangeiro, ali lhe dareis a sua herança, diz o Senhor Jeová.

Os termos das doze tribos

48 E estes são os nomes das tribos: desde a parte extrema do norte, da banda do caminho de Hetlom, vindo para Hamate, Hazer-Enom, no termo de Damasco, para o norte, ao pé de Hamate; e terão a banda do oriente e do ocidente; Dã, uma porção. E, junto ao termo de Dã, desde a banda do oriente até à banda do ocidente, Aser, uma porção. E, junto ao termo de Aser, desde a banda do oriente até à banda do ocidente, Naftali, uma porção. E, junto ao termo de Naftali, desde a banda do oriente até à banda do ocidente, Manassés, uma porção. E, junto ao termo de Manassés, desde a banda do oriente até à banda do ocidente, Efraim, uma porção. E, junto ao termo de Efraim, desde a banda do oriente até à banda do ocidente, Rúben, uma porção. E, junto ao termo de Rúben, desde a banda do oriente até à banda do ocidente, Judá, uma porção. E, junto ao termo de Judá, desde a banda do oriente até à banda do ocidente, será a oferta que haveis de fazer, de vinte e cinco mil canas de largura e do comprimento como uma das porções desde a banda do oriente até à banda do ocidente; e o santuário estará no meio dela. A oferta que haveis de fazer ao Senhor será do comprimento de vinte e cinco mil canas e da largura de dez mil. 10 E a oferta santa será dos sacerdotes; para o norte vinte e cinco mil canas de comprimento, e para o ocidente dez mil de largura, e para o oriente dez mil de largura, e para o sul vinte e cinco mil de comprimento; e o santuário do Senhor estará no meio dela. 11 E será para os sacerdotes santificados dentre os filhos de Zadoque, que guardaram a minha ordenança, que não andaram errados, quando os filhos de Israel se extraviaram, como se extraviaram os outros levitas. 12 E o oferecido da oferta da terra lhes será Santidade das Santidades, junto ao termo dos levitas.

13 E os levitas terão, consoante o termo dos sacerdotes, vinte e cinco mil canas de comprimento e de largura dez mil; todo o comprimento será vinte e cinco mil, e a largura, dez mil. 14 E não venderão nada disso, nem trocarão, nem transferirão as primícias da terra, porque é santidade ao Senhor.

15 Mas as cinco mil, as que ficaram da largura diante das vinte e cinco mil, ficarão para o uso da cidade, para habitação e para arrabaldes; e a cidade estará no meio. 16 E estas serão as suas medidas: a banda do norte, de quatro mil e quinhentas canas, e a banda do sul, de quatro mil e quinhentas, e a banda do oriente, de quatro mil e quinhentas, e a banda do ocidente, de quatro mil e quinhentas. 17 E os arrabaldes da cidade serão, para o norte, de duzentas e cinquenta canas, e, para o sul, de duzentas e cinquenta, e, para o oriente, de duzentas e cinquenta, e, para o ocidente, de duzentas e cinquenta. 18 E, quanto ao que ficou do resto do comprimento, paralela à santa oferta, será dez mil para o oriente, e dez mil, para o ocidente; e corresponderá à santa oferta; e a sua novidade será para sustento daqueles que servem à cidade. 19 E os que servem à cidade servir-lhe-ão dentre todas as tribos de Israel. 20 Toda a oferta será de vinte e cinco mil canas com mais vinte e cinco mil em quadrado; oferecereis a santa oferta, com a possessão da cidade.

21 E o que restar será para o príncipe; desta e da outra banda da santa oferta e da possessão da cidade, diante das vinte e cinco mil canas da oferta, na direção do termo do oriente e do ocidente, diante das vinte e cinco mil, na direção do termo do ocidente, correspondente às porções, será a parte do príncipe; e a oferta santa e o santuário da casa estarão no meio. 22 E, desde a possessão dos levitas e desde a possessão da cidade, no meio do que pertencer ao príncipe, entre o termo de Judá e o termo de Benjamim, será isso para o príncipe.

23 E, quanto ao resto das tribos, desde a banda do oriente até à banda do ocidente, Benjamim, uma porção. 24 E, junto ao termo de Benjamim, desde a banda do oriente até à banda do ocidente, Simeão, uma porção. 25 E, junto ao termo de Simeão, desde a banda do oriente até à banda do ocidente, Issacar, uma porção. 26 E, junto ao termo de Issacar, desde a banda do oriente até à banda do ocidente, Zebulom, uma porção. 27 E, junto ao termo de Zebulom, desde a banda do oriente até à banda do ocidente, Gade, uma porção. 28 E, junto ao termo de Gade, da banda do sul, o termo será desde Tamar até às águas da contenda de Cades, para o lado do ribeiro até ao mar Grande. 29 Esta é a terra que sorteareis em herança às tribos de Israel; e estas são as suas porções, diz o Senhor Jeová.

30 E estas são as saídas da cidade, desde a banda do norte: quatro mil e quinhentas medidas. 31 E as portas da cidade serão conforme os nomes das tribos de Israel: três portas para o norte: a porta de Rúben, uma, a porta de Judá, outra, a porta de Levi, outra; 32 da banda do oriente, quatro mil e quinhentas medidas e três portas, a saber: a porta de José, uma, a porta de Benjamim, outra, a porta de Dã, outra; 33 da banda do sul, quatro mil e quinhentas medidas e três portas: a porta de Simeão, uma, a porta de Issacar, outra, a porta de Zebulom, outra; 34 da banda do ocidente, quatro mil e quinhentas medidas e as suas três portas: a porta de Gade, uma, a porta de Aser, outra, a porta de Naftali, outra. 35 Dezoito mil medidas em redor; e o nome da cidade desde aquele dia será: O Senhor Está Ali.

O ofício do verdadeiro profeta

33 E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, fala aos filhos do teu povo e dize-lhes: Quando eu fizer vir a espada sobre a terra e o povo da terra tomar um homem dos seus termos e o constituir por seu atalaia; e, vendo ele que a espada vem sobre a terra, tocar a trombeta e avisar o povo; se aquele que ouvir o som da trombeta não se der por avisado, e vier a espada e o tomar, o seu sangue será sobre a sua cabeça. Ele ouviu o som da trombeta e não se deu por avisado; o seu sangue será sobre ele; mas o que se dá por avisado salvará a sua vida. Mas, se, quando o atalaia vir que vem a espada, não tocar a trombeta, e não for avisado o povo; se a espada vier e levar uma vida dentre eles, este tal foi levado na sua iniquidade, mas o seu sangue demandarei da mão do atalaia.

A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca e lha anunciarás da minha parte. Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para desviar o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniquidade, mas o seu sangue eu o demandarei da tua mão. Mas, quando tu tiveres falado para desviar o ímpio do seu caminho, para que se converta dele, e ele se não converter do seu caminho, ele morrerá na sua iniquidade, mas tu livraste a tua alma.

10 Tu, pois, filho do homem, dize à casa de Israel: Assim falais vós, dizendo: Visto que as nossas prevaricações e os nossos pecados estão sobre nós, e nós desfalecemos neles, como viveremos então? 11 Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva; convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que razão morrereis, ó casa de Israel? 12 Tu, pois, filho do homem, dize aos filhos do teu povo: A justiça do justo não o fará escapar no dia da sua prevaricação; e, quanto à impiedade do ímpio, não cairá por ela, no dia em que se converter da sua impiedade; nem o justo, pela justiça, poderá viver no dia em que pecar. 13 Quando eu disser ao justo que certamente viverá, e ele, confiando na sua justiça, praticar iniquidade, não virão em memória todas as suas justiças, mas na sua iniquidade, que pratica, ele morrerá. 14 Quando eu também disser ao ímpio: Certamente morrerás; se ele se converter do seu pecado e fizer juízo e justiça, 15 restituindo esse ímpio o penhor, pagando o furtado, andando nos estatutos da vida e não praticando iniquidade, certamente viverá, não morrerá. 16 De todos os seus pecados com que pecou não se fará memória contra ele; juízo e justiça fez, certamente viverá.

17 Todavia, os filhos do teu povo dizem: Não é reto o caminho do Senhor; mas o próprio caminho deles é que não é reto. 18 Desviando-se o justo da sua justiça e praticando iniquidade, morrerá nela. 19 E, convertendo-se o ímpio da sua impiedade e fazendo juízo e justiça, ele viverá por isto mesmo. 20 Todavia, vós dizeis: Não é reto o caminho do Senhor; julgar-vos-ei a cada um conforme os seus caminhos, ó casa de Israel.

O castigo de Israel por causa da sua presunção

21 E sucedeu que, no ano duodécimo, no décimo mês, aos cinco do mês do nosso cativeiro, veio a mim um que tinha escapado de Jerusalém, dizendo: Ferida está a cidade. 22 Ora, a mão do Senhor estivera sobre mim pela tarde, antes que viesse o que tinha escapado; abriu a minha boca, até que veio a mim pela manhã; e abriu-se a minha boca, e não fiquei mais em silêncio.

23 Então, veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: 24 Filho do homem, os moradores destes lugares desertos da terra de Israel falam, dizendo: Abraão era um só e possuiu esta terra; mas nós somos muitos; esta terra nos foi dada em possessão. 25 Dize-lhes, portanto: Assim diz o Senhor Jeová: Com sangue comeis, e levantais os olhos para os vossos ídolos, e derramais sangue! E possuíreis esta terra? 26 Vós vos estribais sobre a vossa espada, cometeis abominação, e contamina cada um a mulher do seu próximo! E possuireis a terra? 27 Assim lhes dirás: Assim disse o Senhor Jeová: Vivo eu, que os que estiverem em lugares desertos cairão à espada, e o que estiver sobre a face do campo, o entregarei à fera, para que o coma, e os que estiverem em lugares fortes e em cavernas morrerão de pestilência. 28 E tornarei a terra em assolação e espanto, e cessará a soberba da sua força; e os montes de Israel ficarão tão assolados, que ninguém passará por eles. 29 Então, saberão que eu sou o Senhor, quando eu tornar a terra em assolação e espanto, por todas as abominações que cometeram.

30 Quanto a ti, ó filho do homem, os filhos do teu povo falam de ti junto às paredes e nas portas das casas; e fala um com o outro, cada um a seu irmão, dizendo: Vinde, peço-vos, e ouvi qual seja a palavra que procede do Senhor. 31 E eles vêm a ti, como o povo costuma vir, e se assentam diante de ti como meu povo, e ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra; pois lisonjeiam com a sua boca, mas o seu coração segue a sua avareza. 32 E eis que tu és para eles como uma canção de amores, canção de quem tem voz suave e que bem tange; porque ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra. 33 Mas, quando vier isto (eis que está para vir), então, saberão que houve no meio deles um profeta.

Profecia contra os pastores infiéis de Israel

34 E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize aos pastores: Assim diz o Senhor Jeová: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas? Comeis a gordura, e vos vestis da lã, e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas. A fraca não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza. Assim, se espalharam, por não haver pastor, e ficaram para pasto de todas as feras do campo, porquanto se espalharam. As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes e por todo o alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem as procure, nem quem as busque.

Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor: Vivo eu, diz o Senhor Jeová, visto que as minhas ovelhas foram entregues à rapina e vieram a servir de pasto a todas as feras do campo, por falta de pastor, e os meus pastores não procuram as minhas ovelhas, pois se apascentam a si mesmos e não apascentam as minhas ovelhas, portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor: 10 Assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu estou contra os pastores e demandarei as minhas ovelhas da sua mão; e eles deixarão de apascentar as ovelhas e não se apascentarão mais a si mesmos; e livrarei as minhas ovelhas da sua boca, e lhes não servirão mais de pasto.